domingo, 25 de março de 2012

Uma celebração ao nascer do dia

O peixe-boi resiste em meio a uma guerra entre o homem e o meio ambiente, uma guerra que o mundo moderno parece sem tempo para perceber. Mas neste domingo, 25 de março, ele emerge das profundezas dos rios da Amazônia para lembrar aos moradores da cidade que a vida não é possível sem cultura e cuidado com o planeta, e se torna o símbolo de um dos principais cortejos do Instituto Arraial do Pavulagem, o Cordão do Peixe-Boi.

Nas ruas do bairro da Campina em Belém, o Cordão mostra que a cultura popular e a educação ambiental podem ajudar no desenvolvimento de uma sociedade sustentável, onde o ser humano não agrida opróprio lugar que habita: a floresta. A programação do evento começa às 5h na escadinha da Estação das Docas e encerra ao meio dia na Praça dos Estivadores.

 “O Cordão do Peixe-Boi acrescentaem nosso olhar um cuidado necessário com o lugar onde nascemos, moramos e trabalhamos. A floresta amazônica é, para todos nós, sagrada e vital. É nossa inspiração, nossa respiração, nossa mãe, nossa casa. Entendemos que este brinquedo popularvem, de maneira oportuna, reunindo vários segmentos culturais em torno do eixoque analisa e reflete a utilização dos espaços públicos, sobre o lixo, apoluição sonora, a segurança e, o mais importante, a inclusão cultural dejovens, adultos e crianças”, explica Ronaldo Silva, compositor, pesquisador cultural e fundador do Instituto Arraial do Pavulagem.

Criado em 2003, o Cordão tem patrocínio do Governo do Estado do Pará, Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, Prefeitura Municipal de Belém, Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) e Lei de Incentivo Municipal Tó Teixeira e Guilherme Paraense. É realizado pelo Instituto Arraial do Pavulagem, uma organização autônoma e sem fins lucrativos da sociedade civil. A entidade desenvolve ações de educação cultural por meio da transmissão de saberes de diferentes linguagens criativas, utilizando metodologias e recursos pedagógicos para fomentar o ensino e o aprendizado do público que participa das atividades. Esse conhecimento é vivenciado através de oficinas e ensaios públicos, cortejos, apresentações artísticas, seminários, feiras, entre outros produtos culturais, ganhando novas possibilidades na rua, no meio do povo, no centro urbano da cidade durante o Cordão.

Às 5h tem início o Brilho da Aurora, um momento para celebrar o nascer do dia, inspirado nas alvoradas das festividadesde santos do interior do Pará, reunindo música e poesia no cais da Escadinha da Estação das Docas. A apresentação é um convite para contemplar os primeiros raios da manhã e repensar horários mais saudáveis para a prática cultural em espaços públicos. Representa a esperança, a renovação e o despertar da cidade junto com anatureza.

A partir das 7 horas da manhã, o Instituto convida o público para receber o Peixe-Boi, vindo de barco da Praça Princesa Isabel, no bairro da Condor, para sobrevoar a multidão e iniciar o cortejo ao som do samba de cacete, cordão de pássaro, bangüê e carimbó. Enquanto, o público espera no cais da escadinha da Estação das Docas, os participantes das oficinas de dança, percussão e técnica circense realizam uma roda cantada para mergulhar na rítmica, no imaginário amazônico e na obra de compositores tradicionais e contemporâneos da música da região.

Programado para sair às 8h, o cortejo vai percorrer a Avenida Boulevard Castilhos França e retornar com destino à Praça dos Estivadores, onde os brincantes formam o círculo lúdico da vida com a roda ancestral. Homens, mulheres e crianças entoam cantos e executam ritmos e movimentações de danças tradicionais que evocam e reverenciam a ancestralidade do povo amazônico, construída sob a herança de matrizes africana, ribeirinha, indígena e europeia. A roda ancestral é uma forma de vivenciar as origens e raízes que formam o povo da Amazônia e garantira transmissão desses saberes para as novas gerações.

Circo, feira de produtos orgânicos e açaí

Essa é a 10 ª edição do Cordão do Peixe-Boi e a ação conta ainda com os parceiros: Sindifisco Nacional, Funtelpa, Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Serviço de Atendimento Médico de Emergência e Resgate (Samer), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), Point do Açaí, Centro Cultural Sesc Boulevard,  Instituto Amigos da Floresta Amazônica (Asflora), Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), Federação das Associações de Apicultores do Estado do Pará (Fapic),  Universidade Federal do Pará (Ufpa), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis da Terra Firme (Concaves), Associação de Produtores  Orgânicos do Estado do Pará – Pará Orgânico, Grupo de Carimbó Sancari, EntreAtos  Cia de Artes e Conexão Vivo.

Composto por músicos, dançarinos e elementos do universo ribeirinho, o cortejo se enche de magia e encanto com as técnicas dos artistas circenses do Instituto Arraial do Pavulagem, em parceria com a EntreAtos Cia de Artes. Este ano, moças e rapazes vão encarnar nas pernas-de-pau personagens do universo encantado das lendas marajoaras. Uma encenação cujos detalhes a oficineira de técnica circense Lu Maués guarda muito bem, revelando apenas na hora do espetáculo. “A perna-de-pau é um elemento muito lúdico nos cortejos. As crianças adoram, é bonito. É uma das técnicas circense que mais funcionaram no Arraial, talvez outras não tivessem dado certo, mas casou com a proposta, é um elemento de rua assim como os cortejos do Arraial”, avalia a arte-educadora, atriz e oficineira de técnica circense Lu Maués.

Na praça dos estivadores haverá ainda uma feira de produtos orgânicos, promovida pelo Instituto Arraial do Pavulagem em parceria com a Prefeitura de Belém e Associação de Produtores Orgânicos do Estado do Pará – Pará Orgânico. A feira reunirá agricultores familiares e produtores da Região Metropolitana de Belém, ilhas e outros municípios como Capitão Poço, Benevides e Marituba. Serão comercializados a preços acessíveis produtos como hortaliças, frutas, ervas, plantas medicinais, entre outros, vendidos pelos próprios produtores, o que garante a negociação na hora da compra. A ideia é conscientizar a população, incentivar e popularizar o consumo de produtos livres de agrotóxicos e fertilizantes.

 O local também terá venda de açaí, feita pelos parceiros do Point do Açaí, cujo ponto mais recente fica ao lado da sede do Arraial do Pavulagem na Praça dos Estivadores. É a primeira aliança entre o Point o Instituto, “É o casamento perfeito entre duas culturas, a do açaí e a de frequentar os arrastões do Arraial. A gente vai ser parceiro de todas as ações do Instituto de agora em diante. É um sonho nosso. A gente vai suspender a venda de bebida alcoólica, já que se trata de um evento familiar e o próprio Arraial não apoia a venda de bebida em seus eventos, a gente aderiu”, afirma o proprietário do Point, Nazareno Alves.



 A praça acolherá ainda o espaçocriança, montado em frente ao Banco Central, onde haverá atividades lúdicaspara a criançada, como oficina de pintura e desenho. A banda Arraial do Pavulagem faz o show de encerramento da programação, reverenciando a décadareverenciando a cultura popular e o meio ambiente.

SERVIÇO:

Cordão do Peixe-Boi 2012, 25 de março (domingo), concentração às 7h na Escadinha da Estação das Docas.Todas as músicas do Brilho da Aurora, Roda Cantada e Roda Ancestral estão disponíveis no blog www.arraialdosaber.blogspot.com/

sábado, 24 de março de 2012

O artista por trás das ilustrações

O trabalho dele você já deve conhecer. É arte cheia de cor e alegria que estampa as camisas do Cordão do Peixe-Boi 2012 e já circulou por outros cortejos do Instituto Arraial do Pavulagem. Mas nem todo mundo sabe e se atenta para quem é Elton Galdino, o autor dos desenhos que a cada ano simbolizam o espírito dos cortejos do Arraial do Pavulagem.

Designer e ilustrador, Elton Galdino tem 26 anos. Hoje integra a equipe de criação da loja Ná Figueredo, onde faz estágio. Está na reta final do curso de Artes Visuais na Universidade Federal do Pará (UFPA). Multitarefa, ele ainda ministra oficinas de desenhos em histórias em quadrinhos. As primeiras ilustrações para o Instituto foram em 2009 e daí Elton não parou mais. “Se eu não me engano [foram] pro Cordão do Peixe-boi, mas fiz uma série que acabou sendo usada durante o ano inteiro pelo Arraial”, lembra o ilustrador.

1ª arte de Elton para o Instituto Arraial do Pavulagem

Os fragmentos visuais do Cordão e do Arraial do Pavulagem funcionam como ponto de partida para as criações de Elton. Fotos, cores, entre outros elementos. “Normalmente ele [Walter Figueiredo, produtor e pesquisador cultural do Instituto] que me chama, diz o que tem de novo, o que é importante ter nas ilustrações, etc. Então eu apresento os esboços pra ele, daí faço modificações caso haja alguma, finalizo e entrego”, explica Elton. Simples assim.

“Ilustrar pro Arraial é sempre bom, porque gosto muito das manifestações populares, principalmente pelo desafio de brincar com o colorido. Na maioria dos outros trabalhos eu tento fazer algo mais moderno, conectado com o que acontece de design e ilustração internacionalmente, já pro arraial é minha chance de voltar meus olhos pra uma visualidade e elementos mais locais”, diz.

Arte de 2012

Confira o portfólio completo de Elton Galdino: http://www.behance.net/eltongaldino


Conheças as demais artes criadas pelo o artista para o Cordão de 2012: http://www.arraialdosaber.blogspot.com.br/2012/03/moda-pavulagem.html

sexta-feira, 23 de março de 2012

Cordão do Peixe-Boi 2012 terá venda de açaí



Unidos pelo amor à Belém e ao patrimônio cultural da cidade, o Point do Açaí e o Instituto Arraial do Pavulagem firmam parceria a partir do próximo domingo, 25, quando será celebrado pelas ruas de Belém o Cordão do Peixe–Boi.

De acordo com Nazareno Alves, sócio do Restaurante Point do Açaí, a iniciativa é uma forma de valorizar ainda mais a importância que o Arraial do Pavulagem tem para cidade. “Neste dia estaremos com um estande ao lado do Casarão do Point, onde teremos venda de açaí. Além disso, devido o respeito ao trabalho do Arraial, também não haverá venda de bebidas alcólicas no restaurante, pois estaremos dentro do contexto do Cordão, que é um evento familar”, explica o proprietário.

Nazareno também ressalta que a partir de agora o Point será parceiro do Arraial em todas as atividades realizadas no entorno da Boulevard Castilho França, local onde estão os casarões do Instituto Arraial do Pavulagem e do Point do Açaí. “Esta é  só a primeira atividade, daqui pra frente o Arraial pode contar conosco sempre”, ressalta.

A venda de açaí em doses começará às 8h da manhã. No almoço o restaurante também estará de portas abertas para  atender  os seguidores do Cordão do Peixe Boi.

Texto: Assessoria de Imprensa/Point do Açaí

quinta-feira, 22 de março de 2012

PROGRAMAÇÃO CORDÃO DO PEIXE-BOI 2012

Arte de Elton Galdino


Dia 25 de março, domingo. Saída da escadinha da Estação das Docas.

Brilho da Aurora - Desde 2011, quando o Instituto Arraial do Pavulagem criou esse momento na programação do Cordão do Peixe-Boi, o Brilho da Aurora inaugura os trabalhos para o início do cortejo. Inspirado nas alvoradas das festividades de santos do interior do Pará, ele representa o instante para celebrar o nascer da manhã e a vida. Realizada no cais da escadinha da Estação das Docas, a apresentação é um convite para contemplar os primeiros raios do dia e repensar horários mais saudáveis para a prática cultural em espaços públicos. Simboliza a esperança, a renovação e o despertar da cidade junto com a natureza.
Horário: 5h
Ouça ou baixe as músicas aqui.

Roda Cantada  - Durante a concentração para a saída do cortejo pelas ruas de Belém, centenas de brincantes aguardam a chegada do símbolo da festa, o Peixe-Boi, um brinquedo lúdico que resgata a preocupação com a natureza e o cuidado com o planeta. Enquanto ele não surge das águas dos rios da Amazônia, para sobrevoar a multidão e denunciar o desrespeito com o meio ambiente, os participantes das oficinas de dança, percussão e técnica circense mergulham na rítmica, no imaginário amazônico e na obra de compositores tradicionais e contemporâneos da música da região.
Horário: 7h
Ouça ou baixe as músicas aqui.

Saída do cortejo: 8h
Trajeto: Arredores da Praça dos Estivadores e Ver-o-Peso

Chegada: Praça dos Estivadores
Previsão: 10h

Atividades na Praça dos Estivadores e Arredores:
Roda Ancestral: Quando o Cordão do Peixe-Boi chega à praça um grande círculo se forma. Homens, mulheres e crianças entoam cantos e executam ritmos e movimentações de danças tradicionais que evocam e reverenciam a ancestralidade do povo amazônico, construída sob a herança de matrizes africana, ribeirinha, indígena e europeia. A roda ancestral é uma forma de vivenciar as origens e raízes que foram o povo da Amazônia e garantir a transmissão desses saberes para as novas gerações.
Ouça ou baixe as músicas aqui.


Feira de Produtos Orgânicos
Venda de Açaí
Distribuição de mudas de plantas
Espaço Criança
Casa do Mel

Show da banda Arraial do Pavulagem – Previsão: 10h30


Essa é a 10 ª edição do Cordão do Peixe-Boi e tem patrocínio do Governo do Estado do Pará, Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, Prefeitura Municipal de Belém , Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) e Lei de Incentivo Municipal Tó Teixeira e Guilherme Paraense. A ação conta ainda com os parceiros: Sindifisco Nacional, Funtelpa, Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Serviço de Atendimento Médico de Emergência e Resgate (Samer), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), Point do Açaí, Centro Cultural Sesc Boulevard,  Instituto Amigos da Floresta Amazônica (Asflora), Associação Brasileira de Alzheimer(Abraz), Federação das Associações de Apicultores do Estado do Pará (Fapic),  Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), Universidade Federal do Pará (Ufpa), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis da Terra Firme (Concaves), Associação de Produtores  Orgânicos do Estado do Pará – Pará Orgânico, Grupo de Carimbó Sancari, EntreAtos  Cia de Artes. 

terça-feira, 20 de março de 2012

Cultura e sustentabilidade na pauta do Cordão do Peixe-Boi



No Cordão do Peixe-Boi a cultura popular e a natureza se entrelaçam em torno de um objetivo comum: discutir como a cultura está ligada ao equilíbrio do planeta.  Ao longo dos últimos dez anos, o Instituto Arraial do Pavulagem tem tentado compreender essas relações por meio de um intenso programa de atividades que antecedem o Peixe-Boi.  São rodas cantadas, vivências musicais e ensaios que culminam no próximo dia 22 de março no seminário Cultura e Natureza. O evento, aberto ao público e com entrada franca, será realizado no Centro Cultural Sesc Boulevard, em Belém, das 18h às 21h, e reunirá  entidades e instituições paraenses em torno de um grande debate.

O cordão do peixe-boi é um brinquedo com formato diferenciado que discute a conceituação de uma cultura sustentável, harmônica, ética e estética, na perspectiva de valor solidário e de paz no planeta. É o círculo lúdico da vida, um espaço de conhecimento, onde podemos enxergar com mais clareza e temperança o que se passa em nós e no contexto sociocultural e ambiental. Por isso,  precisamos de estratégias para alcançar os objetivos, e um dos mecanismos é a realização de uma bateria de conteúdos (como no seminário) que vislumbrem o ensino e o aprendizado do público que participam das ações do Instituto, no sentido de elucidar questões socioculturais e ambientais; por temos o compromisso institucional de educar", afirma Walter Figueiredo, produtor cultural do Instituto.


Arte do Cordão do Peixe-Boi/Elton Galdino


A programação contará com painéis de instituições parceiras do Instituto, mediados pelo músico Júnior Soares. Cada entidade terá dez minutos para expor ideias e contribuições ao diálogo. Os painéis serão divididos em dois blocos, com uma pausa entre eles para perguntas e comentários e um intervalo. Entre as entidades participantes estão: a Universidade Federal do Pará, (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Federação das Associações dos Apicultores do Pará (Fapic), Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado Pará (Emater).

CORDÃO DO PEIXE-BOI
Criado em 2003, Cordão do Peixe-Boi sofreu modificações no ano passado. Saiu do período carnavalesco para evitar comparações com a festa e tentar reverter distorções acumuladas com o tempo, como o consumo de bebida alcoólica. Os horários foram repensados. Começar mais cedo. Terminar mais cedo, numa forma de inserir crianças e os idosos também no evento.

Este ano, o trajeto ganhou novos caminhos – o cortejo de rua e os brincantes vão percorrer parte do Ver-o-Peso e do Comércio. O cronograma oficial do cortejo começa com o “Brilho da Aurora”, uma celebração às 5 horas da manhã de domingo, na Escadinha da Estação das Docas, regada à música acústica para celebrar o nascer do sol e esperar a chegada do brinquedo. Todas as canções já estão disponíveis no blog.



A concentração do cortejo inicia às 7 horas na Escadinha, com saída prevista às 8 horas em direção ao Ver-o-Peso e retorno para a Praça dos Estivadores, onde haverá uma Roda Ancestral com a execução de ritmos e danças de origens africana e indígena, em conexão com a nossa matriz ribeirinha. Na Praça dos Estivadores uma Feira de Produtos Orgânicos vai ser montada para esperar o público, além de outras atividades, como espaço criança, com brincadeiras e atividades lúdicas, a casa do mel, e açaí batido na hora, através de uma parceira com o Point do Açaí, cujo casarão recém-inaugurado fica ao lado do Instituto Arraial do Pavulagem.

O grupo Arraial do Pavulagem  faz o show de encerramento do cortejo, programado para as 10 horas da manhã.

PARTICIPE
Dia 22 de março: Seminário Cultura e Meio Ambiente
Local: Centro Cultural Sesc Boulevard
Horário: 18h às 21h
Endereço: Avenida Boulevard Castilhos França, 522/523. 
Bairro da Campina, em Belém.
ENTRANDA FRANCA

PROGRAMAÇÃO SEMINÁRIO CULTURA E NATUREZA
18h – Abertura – Apresentação dos trabalhos e  breve histórico sobre o instituto (Erivelton Araujo – Arraial do Pavulagem)


Seminário Peixe Boi 2012 "Cultura e Natureza"
18h – Abertura – Apresentação dos trabalhos e  breve histórico sobre o instituto (Erivelton Araujo – Arraial do Pavulagem)
  • ABRAZ (Associação Brasileira de Alzheimer e Doenças Similares)
Painel: Cultura, Natureza e Alzheimer
Graça Nascimento
  • FAPIC (Federação das Associações de Apicultores do Estado do Pará)
Painel: As abelhas e a sustentabilidade do planeta.
Gerson de Morais
  • EMATER (Empresa de Assist. Téc. e Extensão Rural)
Painel: A Extensão Rural e a Sustentabilidade dos Agroecossistemas
Raimundo Nonato da Silveira Ribeiro

  • UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia)
Painel: Cultura e Natureza: Animais na Vida Ribeirinha Amazônica
Dora Palha

  • UFPA
Painel: Diálogos entre Cultura e Natureza: o lugar da educação ambiental
Marilena Loureiro
Intervenções: 60 minutos

20:15h - Degustação Regional (Point do Açaí)

Informações: (91) 9311-4644

domingo, 18 de março de 2012

O domingo é nosso!

As atividades para o Cordão do Peixe-Boi 2012 foram destaque nos dois principais veículos de comunicação de Belém, os jornais Diário do Pará e O Liberal. Confira:


sexta-feira, 16 de março de 2012

quinta-feira, 15 de março de 2012

Arte do Cordão do Peixe-Boi 2012

Olha só como vai ser a arte que vai estampar as camisas do cortejo no próximo dia 25 de março. Arte de Elton Galdino.

terça-feira, 13 de março de 2012

Maratona de Oficinas

Mais de 150 pessoas se inscrevem durante o mês de fevereiro de 2012 para participar das oficinas de percussão, dança e técnica circense do Instituto Arraial do Pavulagem. Oficinas que preparam novos integrantes para o Cordão do Peixe-Boi, o cortejo cultural que resgata as discussões sobre meio ambiente. O cortejo será realizado no próximo domingo, 25 de março. Foram dez dias de oficinas e agora novos e velhos integrantes se juntam numa grande comitiva para iniciar, a partir de hoje, os ensaios para o Cordão. As atividades ocorrem na avenida Boulevard Castilhos França no bairro da Campina, em Belém. Concentração em frente à sede do Instituto na Boulevard , número 738, próximo à Praça dos Estivadores.

domingo, 11 de março de 2012

Roda Ancestral

Momento realizado logo após a chegada do Cordão do Peixe-Boi na Praça dos Estivadores em Belém, a roda ascentral resgata nossas raízes ribeirnha, africana e indígena. Para ouvir ou baixar as músicas, clique no título de cada uma delas.


MATRIZ AFRICANA | MATRIZ RIBEIRINHA

Samba de Cacete (Comunidade Quilombola Umarizal - Baião (PA))



Manjerona miudinha / Tome conta do jardim

Eu também ando procurando / Quem tome conta de ti

Se tu andas procurando / Quem toma conta de ti

Taqui o meu peito aberto, / Moreninha, pra ti


 

Ó rosa, minha flor / Quem te apanhou da roseira

Fui maninha, fui eu / Fui eu quem te apanhei da roseira


No sair da lua / Jurutaí cantou

Adeus, adeus, adeus, / Adeus, adeus,





MATRIZ INDÍGENA (Disponível somente a letra)

Patcho parrárarê a dio Sirê (2X)

Yuenerê Kapoha Dioô Sirê (2X)

Ô há ô ho a (2X)

Ô agogo na gogô

No goga

Na gogô no goga (2X)

Ô há ôôôô

Re Re al

Dekekekê korirá reiê (2X)

Yaramutum korirá rê (3X)

Huam huam huam huam

Hey!

Roda Cantada

Para ouvir ou baixar as músicas que vão ser tocadas no Cordão do Peixe-Boi 2012, clique no título de cada uma delas.

Preservação da Natureza (Mestre Faustino)
Toada de Boi


Meu batalhão saiu na rua

Mostrando sua beleza

Ele veio pedir pro povo

A preservação da natureza

Não derrube a mata verde

É isso que Deus não quer

Se derrubar mata virgem

Vai secar nossos igarapés

Obra de Mestre Faustino, do Boi Pai do Campo, Ourém-PA.

Toada de Boi


Mamãe, cadê a floresta?

Os vertentes da beleza

Os peixes da piracema

Não tem mais essa riqueza

Meu filho o rio Guamá

Criou pai, filhos e netos

Agora só tem o resto

Do verde da natureza

Mamãe, cadê a floresta?

O que é que o pássaro come?

Meu filho é assim mesmo

Do passado fica o nome

Meu filho o rio Guamá

Desmataram as cabeceiras

Não tem mais as cachoeiras

E quem faz isso é o homem

Obra de Mestre Cardoso, do Boi Ouro Fino, Ourém-PA.

(Recolhido por: Maestro Wilson Fonseca e Emir Bemergui)
Marambiré

Em Alter-do-Chão não se sente dor

Tem um povo pobre, mas acolhedor

Por Deus foi criada a sua beleza

Suas praias lindas são da natureza

O seu lago verde é de admirar

A toda essa gente que vem visitar

Trecho da canção muito conhecida em todo o Estado. Original de Santarém-Pa.

Bangue Do Castelo (Quilombo De Inacha) - Banguê - CAMETÁ-PA


Tava sentado lá na beira do Sulapo

Eu vi pular um passarinho do buraco
Ninguém sabe o que é

Era ariramba na reponta da maré

Ô lalala ô!


Beijo da Primavera (Felix Faccon)
Batuque

Eu vi beija-flor na janela

Eu vi beija-flor avuá

Ai que verde que era

Coroas de plumas no ar

Ai que verde que era

Mais bonito não há

Beijo da primavera

Que gosto que tem

Que vontade que dá

Voa, vai beija-flor

Voa da janela da casa dela

E me leve um carinho

E me leve um denguinho

Nas asas do meu amor

Ai que bom que era

Ai que verde que era

Eu vi beija-flor na janela

Música do paraense Félix Faccon, integrante do grupo Curimbó de Bolso.



Mazurca

Ciranda, ciranda da beira da praia

Arraia, espardate, cavalo marinho

Meninos de barro, ô aro da lua

Eu vou pelos rios florindo taperas

Pois é na floresta que eu vivo cantando

Dançando ciranda, bailando, pois é

O verde exala em torno de mim

Um cheiro suave de patchuli
Compositor paraense, integrante e fundador do Arraial do Pavulagem.

Cantiga

 Não jogue lixo no chão,

chão é pra plantar semente

Pra dar o bendito fruto pra alimentação da gente

O peixe que sai do rio o amor que sai do peito

Água limpa da fonte, um sentimento perfeito

A terra que tudo cria não pede nada demais

Ser tratada com carinho para vigorar a paz

Não jogue lixo no chão nem rios, lagos e mares

A Terra é nossa morada onde habitam nossos pares

A natureza é quem cria o amor imediatamente

Milagre que faz a vida, bendito fruto do ventre

Se queres sabedoria, aprenda isto de cor

A Terra é a mãe da vida, útero, ventre maior

Vital é cantador pernambucano, com vários discos gravados Integrou ao movimento ”Cantoria”, ao lado de Elomar, Xangai e geral Azevedo, anos 80.

Marabaixo

Nas ondas do mar eu vi

Mamãe sereia cantar

Nas ondas do mar eu vi

Num barquinho a navegar

Mãe sereia quando canta

É bonito seu cantar

Há pureza no seu canto

Como há em Oxalá

Vi seu barco pequenino

Sereno a navegar

Tinha como timoneiro

O grande guerreiro Ogum Beira Mar

Beira Mar aiê, Beira Mar!

Beira Mar aiê, Beira Mar!

 Música gravada pelo paraense Ary Lobo, no disco “Forró com Ary Lobo” (RCA Victor), em 1959. Também muito decantada no Pará e sempre reaparecendo em obras de renomados da MPB.

Carimbó

Aruê, aruê, aruê! Aruê, aruê, aruá!

Bate o vento na roseira

Me leva pra Marudá

Minha mãe me deu uma calça

Uma calça de pano azul

Para dançar o carimbó

Fazer chorar quem tem amor


No Jardim do Rei
(Conjunto Ajiruteua, de Marapanim)
Carimbó

Secundina vai, eu lá não vou

No jardim do rei apanhar flor

Apanhar flor, apanhar flor

No jardim do rei apanhar flor

  
Fruta Gostosa (Miguel Lima e Paulo Gesta)
Carimbó

Cupuaçu fruta boa

Que bom refresco ela dá

Meu bacuri que sabor

Alegra o meu paladar

Cozinha a pupunha

Prepara o café

Chama quem quiser

Vambora jantar

Tem maniçoba no fogo

Tem açaí, piquiá

Ai que frutinha gostosa

Do meu Belém do Pará
 Música gravada em 1959, pelo paraense Ary Lobo, no disco “Forró com Ary Lobo” (RCA Victor). Até hoje é cantarolada em todo o Pará.

Carimbó

Borboleta amarela

Que veio de lá do arrozal

Faz um bailado para ela

Que mora no Cafezal

Meu coração bate forte

Tou com saudade da bela

Que foi morar lá para o Norte

Numa tapera amarela

Borboletinha do mar

Parece barquinho à vela

Balanceando e dançando

Aqui na minha janela

Obra dos paraenses Ronaldo Silva e Madureira.

Samba de Cacete

Marinheira, marinheira

Eu quero saber quem foi

Que mandou essa ribeira

Pra brincar no peixe-boi

Foi a sereia do mar

Não foi, não foi

Foi o peixe voador

Não foi, não foi

Foi estrela matutina

Nessa noite de luar

Que mandou essa menina

Ver a onda balançar

Luar, luar

Vem voando, vem voando

Luar, luar

Navegando e marujando.
Compositor paraense, integrante e fundador do Arraial do Pavulagem.