domingo, 11 de março de 2012

Roda Cantada

Para ouvir ou baixar as músicas que vão ser tocadas no Cordão do Peixe-Boi 2012, clique no título de cada uma delas.

Preservação da Natureza (Mestre Faustino)
Toada de Boi


Meu batalhão saiu na rua

Mostrando sua beleza

Ele veio pedir pro povo

A preservação da natureza

Não derrube a mata verde

É isso que Deus não quer

Se derrubar mata virgem

Vai secar nossos igarapés

Obra de Mestre Faustino, do Boi Pai do Campo, Ourém-PA.

Toada de Boi


Mamãe, cadê a floresta?

Os vertentes da beleza

Os peixes da piracema

Não tem mais essa riqueza

Meu filho o rio Guamá

Criou pai, filhos e netos

Agora só tem o resto

Do verde da natureza

Mamãe, cadê a floresta?

O que é que o pássaro come?

Meu filho é assim mesmo

Do passado fica o nome

Meu filho o rio Guamá

Desmataram as cabeceiras

Não tem mais as cachoeiras

E quem faz isso é o homem

Obra de Mestre Cardoso, do Boi Ouro Fino, Ourém-PA.

(Recolhido por: Maestro Wilson Fonseca e Emir Bemergui)
Marambiré

Em Alter-do-Chão não se sente dor

Tem um povo pobre, mas acolhedor

Por Deus foi criada a sua beleza

Suas praias lindas são da natureza

O seu lago verde é de admirar

A toda essa gente que vem visitar

Trecho da canção muito conhecida em todo o Estado. Original de Santarém-Pa.

Bangue Do Castelo (Quilombo De Inacha) - Banguê - CAMETÁ-PA


Tava sentado lá na beira do Sulapo

Eu vi pular um passarinho do buraco
Ninguém sabe o que é

Era ariramba na reponta da maré

Ô lalala ô!


Beijo da Primavera (Felix Faccon)
Batuque

Eu vi beija-flor na janela

Eu vi beija-flor avuá

Ai que verde que era

Coroas de plumas no ar

Ai que verde que era

Mais bonito não há

Beijo da primavera

Que gosto que tem

Que vontade que dá

Voa, vai beija-flor

Voa da janela da casa dela

E me leve um carinho

E me leve um denguinho

Nas asas do meu amor

Ai que bom que era

Ai que verde que era

Eu vi beija-flor na janela

Música do paraense Félix Faccon, integrante do grupo Curimbó de Bolso.



Mazurca

Ciranda, ciranda da beira da praia

Arraia, espardate, cavalo marinho

Meninos de barro, ô aro da lua

Eu vou pelos rios florindo taperas

Pois é na floresta que eu vivo cantando

Dançando ciranda, bailando, pois é

O verde exala em torno de mim

Um cheiro suave de patchuli
Compositor paraense, integrante e fundador do Arraial do Pavulagem.

Cantiga

 Não jogue lixo no chão,

chão é pra plantar semente

Pra dar o bendito fruto pra alimentação da gente

O peixe que sai do rio o amor que sai do peito

Água limpa da fonte, um sentimento perfeito

A terra que tudo cria não pede nada demais

Ser tratada com carinho para vigorar a paz

Não jogue lixo no chão nem rios, lagos e mares

A Terra é nossa morada onde habitam nossos pares

A natureza é quem cria o amor imediatamente

Milagre que faz a vida, bendito fruto do ventre

Se queres sabedoria, aprenda isto de cor

A Terra é a mãe da vida, útero, ventre maior

Vital é cantador pernambucano, com vários discos gravados Integrou ao movimento ”Cantoria”, ao lado de Elomar, Xangai e geral Azevedo, anos 80.

Marabaixo

Nas ondas do mar eu vi

Mamãe sereia cantar

Nas ondas do mar eu vi

Num barquinho a navegar

Mãe sereia quando canta

É bonito seu cantar

Há pureza no seu canto

Como há em Oxalá

Vi seu barco pequenino

Sereno a navegar

Tinha como timoneiro

O grande guerreiro Ogum Beira Mar

Beira Mar aiê, Beira Mar!

Beira Mar aiê, Beira Mar!

 Música gravada pelo paraense Ary Lobo, no disco “Forró com Ary Lobo” (RCA Victor), em 1959. Também muito decantada no Pará e sempre reaparecendo em obras de renomados da MPB.

Carimbó

Aruê, aruê, aruê! Aruê, aruê, aruá!

Bate o vento na roseira

Me leva pra Marudá

Minha mãe me deu uma calça

Uma calça de pano azul

Para dançar o carimbó

Fazer chorar quem tem amor


No Jardim do Rei
(Conjunto Ajiruteua, de Marapanim)
Carimbó

Secundina vai, eu lá não vou

No jardim do rei apanhar flor

Apanhar flor, apanhar flor

No jardim do rei apanhar flor

  
Fruta Gostosa (Miguel Lima e Paulo Gesta)
Carimbó

Cupuaçu fruta boa

Que bom refresco ela dá

Meu bacuri que sabor

Alegra o meu paladar

Cozinha a pupunha

Prepara o café

Chama quem quiser

Vambora jantar

Tem maniçoba no fogo

Tem açaí, piquiá

Ai que frutinha gostosa

Do meu Belém do Pará
 Música gravada em 1959, pelo paraense Ary Lobo, no disco “Forró com Ary Lobo” (RCA Victor). Até hoje é cantarolada em todo o Pará.

Carimbó

Borboleta amarela

Que veio de lá do arrozal

Faz um bailado para ela

Que mora no Cafezal

Meu coração bate forte

Tou com saudade da bela

Que foi morar lá para o Norte

Numa tapera amarela

Borboletinha do mar

Parece barquinho à vela

Balanceando e dançando

Aqui na minha janela

Obra dos paraenses Ronaldo Silva e Madureira.

Samba de Cacete

Marinheira, marinheira

Eu quero saber quem foi

Que mandou essa ribeira

Pra brincar no peixe-boi

Foi a sereia do mar

Não foi, não foi

Foi o peixe voador

Não foi, não foi

Foi estrela matutina

Nessa noite de luar

Que mandou essa menina

Ver a onda balançar

Luar, luar

Vem voando, vem voando

Luar, luar

Navegando e marujando.
Compositor paraense, integrante e fundador do Arraial do Pavulagem.

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