Preservação da Natureza (Mestre Faustino)
Toada de Boi
Meu batalhão saiu na rua
Mostrando sua beleza
Ele veio pedir pro povo
A preservação da natureza
Não derrube a mata verde
É isso que Deus não quer
Se derrubar mata virgem
Vai secar nossos igarapés
Obra de Mestre Faustino, do Boi Pai do Campo, Ourém-PA.
Toada de Boi
Mamãe, cadê a floresta?
Os vertentes da beleza
Os peixes da piracema
Não tem mais essa riqueza
Meu filho o rio Guamá
Criou pai, filhos e netos
Agora só tem o resto
Do verde da natureza
Mamãe, cadê a floresta?
O que é que o pássaro come?
Meu filho é assim mesmo
Do passado fica o nome
Meu filho o rio Guamá
Desmataram as cabeceiras
Não tem mais as cachoeiras
E quem faz isso é o homem
Obra de Mestre Cardoso, do Boi Ouro Fino, Ourém-PA.
Marambiré
Em Alter-do-Chão não se sente dor
Tem um povo pobre, mas acolhedor
Por Deus foi criada a sua beleza
Suas praias lindas são da natureza
O seu lago verde é de admirar
A toda essa gente que vem visitar
Trecho da canção muito conhecida em todo o Estado. Original de Santarém-Pa.
Bangue Do Castelo (Quilombo De Inacha) - Banguê - CAMETÁ-PA
Tava sentado lá na beira do Sulapo
Eu vi pular um passarinho do buraco
Ninguém sabe o que é
Era ariramba na reponta da maré
Ô lalala ô!
Batuque
Eu vi beija-flor na janela
Eu vi beija-flor avuá
Ai que verde que era
Coroas de plumas no ar
Ai que verde que era
Mais bonito não há
Beijo da primavera
Que gosto que tem
Que vontade que dá
Voa, vai beija-flor
Voa da janela da casa dela
E me leve um carinho
E me leve um denguinho
Nas asas do meu amor
Ai que bom que era
Ai que verde que era
Eu vi beija-flor na janela
Música do paraense Félix Faccon, integrante do grupo Curimbó de Bolso.
Mazurca
Ciranda, ciranda da beira da praia
Arraia, espardate, cavalo marinho
Meninos de barro, ô aro da lua
Eu vou pelos rios florindo taperas
Pois é na floresta que eu vivo cantando
Dançando ciranda, bailando, pois é
O verde exala em torno de mim
Um cheiro suave de patchuli
Compositor paraense, integrante e fundador do Arraial do Pavulagem.Cantiga
chão é pra plantar semente
Pra dar o bendito fruto pra alimentação da gente
O peixe que sai do rio o amor que sai do peito
Água limpa da fonte, um sentimento perfeito
A terra que tudo cria não pede nada demais
Ser tratada com carinho para vigorar a paz
Não jogue lixo no chão nem rios, lagos e mares
A Terra é nossa morada onde habitam nossos pares
A natureza é quem cria o amor imediatamente
Milagre que faz a vida, bendito fruto do ventre
Se queres sabedoria, aprenda isto de cor
A Terra é a mãe da vida, útero, ventre maior
Vital é cantador pernambucano, com vários discos gravados Integrou ao movimento ”Cantoria”, ao lado de Elomar, Xangai e geral Azevedo, anos 80.
Marabaixo
Nas ondas do mar eu vi
Mamãe sereia cantar
Nas ondas do mar eu vi
Num barquinho a navegar
Mãe sereia quando canta
É bonito seu cantar
Há pureza no seu canto
Como há em Oxalá
Vi seu barco pequenino
Sereno a navegar
Tinha como timoneiro
O grande guerreiro Ogum Beira Mar
Beira Mar aiê, Beira Mar!
Beira Mar aiê, Beira Mar!
Carimbó
Aruê, aruê, aruê! Aruê, aruê, aruá!
Bate o vento na roseira
Me leva pra Marudá
Minha mãe me deu uma calça
Uma calça de pano azul
Para dançar o carimbó
Fazer chorar quem tem amor
No Jardim do Rei
(Conjunto Ajiruteua, de Marapanim)
Carimbó
Secundina vai, eu lá não vou
No jardim do rei apanhar flor
Apanhar flor, apanhar flor
No jardim do rei apanhar flor
Carimbó
Cupuaçu fruta boa
Que bom refresco ela dá
Meu bacuri que sabor
Alegra o meu paladar
Cozinha a pupunha
Prepara o café
Chama quem quiser
Vambora jantar
Tem maniçoba no fogo
Tem açaí, piquiá
Ai que frutinha gostosa
Do meu Belém do Pará
Carimbó
Borboleta amarela
Que veio de lá do arrozal
Faz um bailado para ela
Que mora no Cafezal
Meu coração bate forte
Tou com saudade da bela
Que foi morar lá para o Norte
Numa tapera amarela
Borboletinha do mar
Parece barquinho à vela
Balanceando e dançando
Aqui na minha janela
Obra dos paraenses Ronaldo Silva e Madureira.
Samba de Cacete
Marinheira, marinheira
Eu quero saber quem foi
Que mandou essa ribeira
Pra brincar no peixe-boi
Foi a sereia do mar
Não foi, não foi
Foi o peixe voador
Não foi, não foi
Foi estrela matutina
Nessa noite de luar
Que mandou essa menina
Ver a onda balançar
Luar, luar
Vem voando, vem voando
Luar, luar
Navegando e marujando.
Compositor paraense, integrante e fundador do Arraial do Pavulagem.
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